PRIMEIRA NOTA DESTE DIÁRIO
- matheus-cosmo
- 2 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de dez. de 2024
Matheus Cosmo

Alguns textos são feitos de palavras convertidas em imagens; outros, de figuras que se sobressaem à paisagem sonora das folhas. Este, abrindo este humilde e relevante espaço que lhe cabe, é feito de muito carinho, cuidado e – talvez o mais importante – da crença no poder da escuta e da elaboração da própria experiência. Aqui, você encontrará produções textuais de alunos do Ensino Médio do SENAC Lapa Scipião, entregues a mim, na ocasião seu professor de linguagens, em algum momento deste ano de 2024: seja pelo desejo de partilhar o próprio trabalho, seja pela necessidade de fazer-se ouvir e ser ouvido, seja pela imprevisibilidade no processo de elaboração da própria experiência, uma dificuldade tão comum principalmente durante o período de adolescência.
Sabendo que os processos individuais tendem a acompanhar o ritmo da própria vida, muitos foram os paradigmas que estruturaram a criação desta página. Sem sombra de dúvidas, o principal deles é aquele que nos ensina que todos os processos tendem a ser mais saudáveis e felizes quando partilhados em coletivo. Por este motivo, por acreditarmos desde sempre – e cada vez mais – na potência da coletividade e naquilo que apenas juntos somos capazes de exercer e construir, aqui ficam os sinceros agradecimentos a Caique Chagas e, principalmente, João Pedro Neves, que estruturaram muito do que vocês observam neste momento. (Há boatos de que o JP assistiu a aulas em alemão para realizar este projeto – e ele não sabe palavra alguma em alemão!)
Neste primeiro volume de publicações, o leitor encontrará textos escritos exclusivamente por estudantes mulheres do nosso Ensino Médio. Vocês terão acesso ao domínio da letra e ao universo pessoal de Manuela Andrade, Lívia Victoria, Mariane Leite, Isabelle Brum e Nicoly Calixto. Trata-se não só de literatura, mas de um processo de descoberta de um mundo e das próprias emoções – a descoberta de si mesmo e do mundo ao redor, sempre por meio da letra (e talvez seja justamente esta uma das maiores e mais potentes funções da literatura).
Por isso, com grande prazer e felicidade, declaro aberto o primeiro volume dos nossos diários[in]versos. Vida longa a este projeto – e que, a cada momento, ele encontre um novo motivo e significado para existir: a isto nos destinamos.
Com muito carinho e admiração,
Matheus Cosmo.
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