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Poema que vem em minha cabeça

  • matheus-cosmo
  • 2 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de dez. de 2024

Nicoly Calixto


"Me amo assim"


Sou preta e me amo assim.


Há muito tempo pensava: por que a vida é tão ruim?


E, ao longo do tempo, fui cada vez mais me encontrando e percebendo que a vida fez o melhor pra mim.


"Amada"



Nesta sociedade muito racista e escravocrata, vive uma menina simples e enfeitada, com apenas o sonho de ser homenageada.


Um sonho de ser amada, não abandonada.


Aqui, porém, neste país de clima tropical, pessoas cantam e enaltecem mulheres pretas, mas elas nunca são escolhidas para serem amadas.


"Tão sonhado"



Em um certo dia, esperei ansiosamente por algo que já sonhava anteriormente.


Fui pesquisando e me empolgando, por algo que nem sabia se as pessoas estariam amando.


Foi então que chegou a hora, o momento que pessoas gritavam: que daora!


Em pouco tempo todas já haviam passado,

foi então que logo percebi que já havia ultrapassado.


Foi assim que escutei gritos e mais gritos, me exaltando e me elogiando.


Foi então que terminei o meu tão tão sonhado desfile de moda, e várias pessoas falavam: caraca, que mina foda!


"Amor"



Amor nem sempre é ter um relacionamento, nem um casamento


Amor nem sempre é algo que podemos explicar, mas demonstrar


O meu amor é bem diferente, mas não deixa de ser atraente


O meu amor é por uma camisa que deixou saudade, mas calma: ela não é de verdade


O meu amor é por uma camisa e, sim, é a do Brasil – e ela é muito gentil


O meu amor é o mais puro amor, pois ele é igual a uma flor


Este é o meu verdadeiro amor, tão diferente, que me há um conforto e fervor.


Este é o amor!

 
 
 

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TREM DO PENSAR

SOBRE MIM

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Professor e Doutorando em Estudos Comparatistas da Literatura, junto ao Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo (DTLLC-USP), com um projeto de pesquisa acerca da obra de Bertolt Brecht. Mestre em Artes Cênicas, com título fornecido pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), coorientado pelo Instituto de Psicologia da USP, e o subsídio integral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que apoiou o projeto dedicado ao estudo da arte e da cena contemporânea. Bacharel em Letras, com habilitação em Português e Linguística, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP/2015), com licenciatura plena para o ensino de língua portuguesa, concedida pela Faculdade de Educação da mesma universidade (FEUSP/2015). No segundo semestre de 2016, recebeu menção honrosa junto ao Programa Nascente, da Universidade de São Paulo, por seu texto "[h]a-histórico", premiado na categoria de dramaturgia. É parte do Conselho Editorial da Revista Aspas, do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da ECA-USP. Atualmente, tendo feito apresentações em território nacional e europeu, é estudante de psicanálise, junto ao Instituto ESPE, e professor da Rede SENAC, especificamente do SENAC de Artes, localizado na região da Lapa, em São Paulo.

A plataforma diários[in]versos foi idealizada por Matheus Cosmo, montada por João Pedro Neves e contou com contribuições de Caique Chagas. A ideia original é que, a cada bimestre, um novo número seja produzido e publicado nesta mesma página, como uma revisão e renovação constante de seu próprio material. O intuito é revelar cada vez mais novos talentos, propiciando que sujeitos historicamente silenciados encontrem seu espaço de pertencimento, com a possibilidade do canto, da conversa e da leitura a seu favor.

 

Para mais informações, basta escrever para: matheus.csdias@sp.senac.br

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