Assalto ao banco
- matheus-cosmo
- 2 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de dez. de 2024
Isabelle Brum

(O texto é apenas parte de um dos capítulos de um livro escrito pela estudante)
Uns dias depois as meninas se acalmaram e foram curtir o tempo que restava das férias, mas a cada dia que passava o frio na barriga aumentava, pois só faltavam três dias para o assalto.
Então, eu fui arrumar as bombas que eu mesma fiz: havia quatorze delas, mas apenas seis eram verdadeiras.
Faltando dois dias para o assalto, reunimo-nos para rever o plano e aqui estamos nós: reunidas em volta da cama, em cima da qual estavam as plantas do banco e o notebook com as imagens das câmeras.
– Lembram o plano né? Maria vai plantar as quatorze bombas em outro lugar e vai avisar a polícia, fazendo eles ficarem bem longe. Logo depois, eu, Letícia e Maria iremos entrar e fazer o assalto. Bel vai estar em outro prédio, de olho no banco, e Marília vai estar com ela vendo tudo pelas câmeras. Agatha vai estar no carro para a fuga. Assim que eu der o sinal para Marília, elas vão sair dali para nos encontrar debaixo da ponte. Depois, vamos queimar o carro e passar para a perua escolar: vamos estar com a roupa por baixo. Então é só tirarmos tudo e escondermos as máscaras depois. Marília vai apagar as imagens e é só isso. Dúvidas?
Maria responde:
– Não! Relaxa, mana, você já explicou esse plano mil vezes, já decoramos até todos os codinomes: Moranginho, Uvinha, Bloom, Verde, Bug e Sete – ou seja: Maria Luiza, Letícia, Agatha, Isabel, eu e você.
Fico surpresa: Maria relembra mesmo cada detalhe – e na ordem correta.
– Fechou, então.
Isto é o que eu digo, tentando não enxergar um tanto da minha maldita ansiedade.
E finalmente ele chega: o tão esperado, o dia do grande assalto! Eu estou até rindo de nervoso.
Bem empolgada, eu pego nossas coisas e logo pegamos também nossas malas com as armas dentro: descemos até o estacionamento sem que ninguém nos veja. Entramos todas na perua escolar, exceto Agatha, que entra no outro carro, conforme combinamos. Paramos embaixo de uma ponte abandonada. Ali, Letícia e eu entramos no carro junto a Agatha.
Bel foi levar Maria até os lugares onde ela ia colocar as tais quatorze bombas. Quando elas chegaram lá, Maria colocou as bombas espalhadas pela zona sul, enquanto nós três ficamos esperando por elas na Zona Norte.
Assim que elas voltaram, Maria avisou a polícia sobre o falso esconderijo das bombas e todos os policiais foram imediatamente até o local. Neste momento, Maria entrou no carro e, seguindo em direção oposta, fomos todas para o Banco. Marilia e Isabel entraram no prédio e deram sinal:
– Pronto, estamos em posição! Já desativei a segurança: assim que vocês entrarem, ninguém mais sai.
– Ok, Bugzinha, eu respondo enquanto pegamos as armas e saímos com as meninas. Ao entrarmos, Marília fecha todo o espaço, desativando os alarmes.
– Todo mundo pro chão!, eu grito, espalhando o terror, e assustando cada um dos clientes, enquanto aponto uma arma em sua direção.
Maria e Letícia vão atrás de todas as pessoas que estavam espelhadas pelo banco.
– Moranginho! Uvinha!
Eu as chamo e elas olham para mim.
– Vou abrir os cofres. Não matem ninguém.
(Isto eu digo apenas para dar um pouco de medo neles, nos reféns)
Fui até os cofres, enquanto Marília observava tudo pelas câmeras e abria as portas aonde eu deveria ir.
Quando chego lá, há vários cofres pequenos e apenas um enorme. Marília abre todos eles do modo como consegue – a maior parte, seguindo a moda antiga. Enquanto isso, Agatha estava entediada, jogando qualquer coisa pelo seu celular e vendo a replicação disso tudo em um notebook que estava no carro.
Eu comecei a abrir cada um dos cofres na maior paciência, enquanto colocava o dinheiro nas malas. Apenas o último dos cofres foi o que me fez perder a paciência: que dificuldade para abri-lo!
– Calma, Isabelle. Respira. Se acalma e pensa, porque você é nosso gênio maluco!
Ela diz isso me acalmando, o que me dá uma grande ideia.
(continua na próxima edição)
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